“Eu não sou o Cristo.”
- Rev. Tiago Leite
- 29 de mai.
- 2 min de leitura
“Este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: Quem és tu?
Ele confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.” (João 1.19-20)
“Eu não sou o Cristo”, foi sua resposta.
Ele começou com “Eu”, mas não iria focar em si.
“Eu” — “não sou” — “o Cristo”.
Essa simples frase tem um significado quase infinito.
Se for uma resposta consciente do que se está dizendo, ela aponta para algo eterno.
Nunca seremos o Cristo.
Nunca será sobre nós sermos o Centro.
Paremos de tentar isso — o quanto antes.
Mas, sempre faremos parte do plano d’Aquele que é o Centro.
Comecemos a agradecer a Ele e a segui-Lo.
Nunca cairá sobre nós a Solução.
Paremos de tentar isso — o quanto antes.
Mas, sempre chegará até nós a Solução.
Comecemos a confiar e a adorá-Lo.
Apesar de vivermos em uma cultura pós-moderna que reconhece, mesmo que tardiamente, que não somos o centro da razão (Descartes), nem da moral (Kant), nem da vontade (Nietzsche), continuamos tentando ocupar esse lugar.
A resposta de João é a proposta subversiva de que necessitamos:
“Eu não sou o Cristo.”
Ele não tentava salvar o mundo.
Ele sabia quem era — e quem não era.
É essa consciência que nos falta.
Precisamos reaprender a não ser o Cristo, para enfim nos rendermos Àquele que é.
Podemos estar muito animados e seguros com nossos planos:
os relacionamentos que estamos construindo,
o patrimônio que estamos acumulando,
a carreira que estamos desenvolvendo,
ou qualquer ponto de apoio em que estejamos nos agarrando.
Mas, no final — ou no meio — ou talvez agora — vamos nos deparar com esta pergunta:
Quem és tu?
E cedo ou tarde, vamos ter que entender, admitir e nos render:
“Eu não sou o Cristo.”
E clamar:
Venha, Senhor. Entra em minha vida.
Toma-me em tuas poderosas mãos, ó Rei Eterno.
Reina em mim.
Perdoa-me.
Limpa-me,
Salva-me,
Ensina-me,
Guia-me,
Usa-me,
e
Leva-me.
Eu não sou o Cristo.
Mas Tu És.
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